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segunda-feira, 4 de julho de 2011

Um corretivo sobre os já-ditos

            Diversas vezes já me perguntei como seria se ilustríssimos autores pudessem reconstruir seus textos. Falo de Machado de Assis, Clarice Lispector, Sidney Sheldon, dentre tantos outros. O que eles acrescentariam? Ou ainda, o que eles extrairiam? Será que esta prática se aplicaria a renomados escritores? Estas são indagações que tendem a habitar o meu imaginário sempre que me deparo com um texto digno de aplausos, de nobres comentários.
            Mas isto é apenas coisa da minha cabeça... puro devaneio, que logo se “evapora”, pois na minha sã consciência de escritor, todas as palavras que estruturam um texto são e devem ser bem elaboradas, pensadas e repensadas, digamos até que bem arquitetadas, a fim de que uma palavra intrusa não faça parte deste momento tão prazeroso: ARREPENDIMENTO.
Insisto em acreditar que bons escritores não se arrependem de seus escritos, ao contrário, realizam mais leituras a fim de dar continuidade, de fundamentar cada vez mais suas teses, seus manifestos. É exatamente essa dinâmica que faz de Sidney Sheldon um autor célebre, pela magnitude de suas histórias continuadas. O que seria de “A senhora do Jogo” sem “O reverso da medalha”, sem a má Kate Blackwell. Não dá para imaginar ele reeditando textos lidos por milhares de pessoas, seria como passar corretivo sobre os já-ditos. Realmente, não dá para imaginar!
Por isso, amigos leitores, escrever textos é considerado uma arte. Para atribuir-lhe glamour é necessário que saibamos bem o que escrever, pois o já-dito/lido pode não mais ter retorno.

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